BAKUNIN,
Mikhail Alexandrovich. Estatismo e anarquia. São Paulo: Ícone, 2003.
«O verdadeiro patriotismo é, sem dúvida, um sentimento dos mais
respeitáveis, mas ao mesmo tempo estreito, exclusivo, anti-humano e, com frequência,
apenas cruel» (BAKUNIN, 2003, p.
38).
« “Obediência” — que é a primeira virtude de
Estado —» (BAKUNIN, 2003, p. 51).
«Para preservar a liberdade, a força e a paixão populares, é mesmo
preferível a ignorância à civilização burguesa» (BAKUNIN, 2003, p. 51).
«Só os povos conquistadores criam o Estado, e o criam necessariamente em
seu proveito, a expensas dos povos subjugados» (BAKUNIN, 2003, p. 63).
«Ora, quem parte da ideia abstrata nunca chegará à vida, pois da
metafísica à vida não existe caminho» (BAKUNIN, 2003, p. 165).
«Os grandes problemas nacionais não são
resolvidos pelo direito, mas pela força; a força tem sempre primazia sobre o
direito”. (BAKUNIN, 2003, p. 205).
«Tudo o que a linguagem política denomina direito,
é apenas a consagração de um fato criado pela força» (BAKUNIN, 2003, p. 205).
«Quem diz Estado, diz necessariamente dominação
e, em conseqüência, escravidão; um Estado sem escravidão, declarada ou
disfarçada, é inconcebível; eis por que somos inimigos do Estado» (BAKUNIN, 2003, p. 213).
«Segundo eles [marxistas], este jugo estatista,
esta ditadura [do proletariado] é uma fase de transição necessária para chegar
à emancipação total do povo: sendo, a anarquia ou a liberdade, o objetivo, e, o
meio, o Estado ou a ditadura. Assim, portanto, para libertar as massas
populares, dever-se-ia começar por subjugá-las» (BAKUNIN, 2003, p. 214).
«A liberdade só pode ser criada pela liberdade,
isto é, pela insurreição de todo o povo e pela livre organização das massas
trabalhadoras de baixo para cima» (BAKUNIN, 2003, p. 214).
«Estamos persuadidos, e toda a História Moderna o
confirma, que enquanto a Humanidade estiver dividida entre uma minoria de
exploradores e uma maioria de explorados, a liberdade será inconcebível e
permanecerá uma mentira. Se desejais a liberdade para todos, sois obrigados a
querer conosco a igualdade universal» (BAKUNIN, 2003, p. 222).
«Nenhum sábio está, portanto, em condições de
ensinar ao povo, ou definir para ele, o que será ou deverá ser seu modo de
vida, logo após a revolução social. Esse modo de vida será determinado, em
primeiro lugar, pela situação de cada povo e, em segundo, pelas necessidades
que nascerão em cada um deles e manifestar-se-ão como o máximo de força,
portanto, de modo algum por diretrizes ou notas explicativas vindas de cima, de
maneira geral, por teorias, quaisquer que sejam elas, concebidas às vésperas da
Revolução» (BAKUNIN, 2003, p. 238).
«A igreja é para o povo um tipo de cabaré dos
céus, assim como cabaré é um tipo de igreja celestial sobre a Terra; na igreja
como no cabaré, o povo esquece, nem que seja por um momento, a fome, a
opressão, as humilhações, e tenta apaziguar a sensação de sua miséria
quotidiana, ora por uma crença insensata, ora pelo vinho. Uma e outra
embriaguez se equivalem» (BAKUNIN, 2003, p. 246).
«Não compreendem que o pensamento decorre, ao contrário, da vida, e que,
para modificar o pensamento, é preciso transformar a vida. Daí ao povo uma
ampla existência humana e ele vos surpreenderá com o profundo racionalismo de
suas ideias» (BAKUNIN, 2003, p.
247).
«O despotismo do marido, do pai, em seguida do
irmão mais velho, fez da família, já imoral por seu fundamento
jurídico-econômico, a escola da violência e da ignorância triunfantes, da covardia
e da perversão quotidianas no lar» (BAKUNIN, 2003, p. 249).
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