segunda-feira, 11 de setembro de 2017

BAKUNIN, Mikhail Alexandrovich. Estatismo e anarquia.

BAKUNIN, Mikhail Alexandrovich. Estatismo e anarquia. São Paulo: Ícone, 2003.
«O verdadeiro patriotismo é, sem dúvida, um sentimento dos mais respeitáveis, mas ao mesmo tempo estreito, exclusivo, anti-humano e, com frequência, apenas cruel» (BAKUNIN, 2003, p. 38).
« “Obediência” que é a primeira virtude de Estado » (BAKUNIN, 2003, p. 51).
«Para preservar a liberdade, a força e a paixão populares, é mesmo preferível a ignorância à civilização burguesa» (BAKUNIN, 2003, p. 51).
«Só os povos conquistadores criam o Estado, e o criam necessariamente em seu proveito, a expensas dos povos subjugados» (BAKUNIN, 2003, p. 63).
«Ora, quem parte da ideia abstrata nunca chegará à vida, pois da metafísica à vida não existe caminho» (BAKUNIN, 2003, p. 165).
«Os grandes problemas nacionais não são resolvidos pelo direito, mas pela força; a força tem sempre primazia sobre o direito”. (BAKUNIN, 2003, p. 205).
«Tudo o que a linguagem política denomina direito, é apenas a consagração de um fato criado pela força» (BAKUNIN, 2003, p. 205).
«Quem diz Estado, diz necessariamente dominação e, em conseqüência, escravidão; um Estado sem escravidão, declarada ou disfarçada, é inconcebível; eis por que somos inimigos do Estado» (BAKUNIN, 2003, p. 213).
«Segundo eles [marxistas], este jugo estatista, esta ditadura [do proletariado] é uma fase de transição necessária para chegar à emancipação total do povo: sendo, a anarquia ou a liberdade, o objetivo, e, o meio, o Estado ou a ditadura. Assim, portanto, para libertar as massas populares, dever-se-ia começar por subjugá-las» (BAKUNIN, 2003, p. 214).
«A liberdade só pode ser criada pela liberdade, isto é, pela insurreição de todo o povo e pela livre organização das massas trabalhadoras de baixo para cima» (BAKUNIN, 2003, p. 214).
«Estamos persuadidos, e toda a História Moderna o confirma, que enquanto a Humanidade estiver dividida entre uma minoria de exploradores e uma maioria de explorados, a liberdade será inconcebível e permanecerá uma mentira. Se desejais a liberdade para todos, sois obrigados a querer conosco a igualdade universal» (BAKUNIN, 2003, p. 222).
«Nenhum sábio está, portanto, em condições de ensinar ao povo, ou definir para ele, o que será ou deverá ser seu modo de vida, logo após a revolução social. Esse modo de vida será determinado, em primeiro lugar, pela situação de cada povo e, em segundo, pelas necessidades que nascerão em cada um deles e manifestar-se-ão como o máximo de força, portanto, de modo algum por diretrizes ou notas explicativas vindas de cima, de maneira geral, por teorias, quaisquer que sejam elas, concebidas às vésperas da Revolução» (BAKUNIN, 2003, p. 238).
«A igreja é para o povo um tipo de cabaré dos céus, assim como cabaré é um tipo de igreja celestial sobre a Terra; na igreja como no cabaré, o povo esquece, nem que seja por um momento, a fome, a opressão, as humilhações, e tenta apaziguar a sensação de sua miséria quotidiana, ora por uma crença insensata, ora pelo vinho. Uma e outra embriaguez se equivalem» (BAKUNIN, 2003, p. 246).
«Não compreendem que o pensamento decorre, ao contrário, da vida, e que, para modificar o pensamento, é preciso transformar a vida. Daí ao povo uma ampla existência humana e ele vos surpreenderá com o profundo racionalismo de suas ideias» (BAKUNIN, 2003, p. 247).

«O despotismo do marido, do pai, em seguida do irmão mais velho, fez da família, já imoral por seu fundamento jurídico-econômico, a escola da violência e da ignorância triunfantes, da covardia e da perversão quotidianas no lar» (BAKUNIN, 2003, p. 249).

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